A partir de hoje, Domingo de Ramos, iremos vivenciar a Grande Semana do ano, mais conhecida como Semana Santa. E ela é grande não por ter mais dias ou por termos muitas obrigações a cumprir, mas pelo Grande Mistério que é vivenciado, o Mistério da nossa Salvação, da morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Alguns dias atrás, enquanto assistia o desenho “A Origem dos Guardiões” com meus filhos, acompanhava a discussão entre o Papai Noel e o Coelho da Páscoa sobre qual seria a festa mais importante. O Papai Noel ganhou a discussão com um simples argumento, afinal, para o mundo, o Natal é uma festa de maior expressão comercial. O desenho em questão não tinha em nenhum momento a intenção de valorizar o verdadeiro sentido das festas citadas, pelo contrário, tinha até um grande esforço em retirar qualquer significado religioso.
O mistério da Encarnação do Verbo certamente é uma grande festa, e a Igreja nos prepara para ela com o tempo do Advento. Mas, a celebração do mistério da morte e ressurreição de Cristo é o centro no nosso ano litúrgico e, em torno dele, giram todas as outras celebrações.
O mistério celebrado nos dias da Grande Semana, entre o Domingo de Ramos e a Vigília Pascal, é enorme e só entendemos pequenos flashes dele, por isso nos é misterioso. Quando nos referimos a toda a graça dada na salvação como mistério, ou misterioso, não há intenção em incutir medo nas pessoas, mas porque não temos a capacidade de entender tudo o que é realizado nas grandiosas celebrações que nos esperam.
Para estes próximos dias, lhe convido a aguçar sua curiosidade por esse mistério, a gastar suas forças em busca da vivência e compreensão daquilo que Deus lhe oferece. É como Paulo nos diz nos Atos dos Apóstolos: “Tudo isso para que procurem Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade Ele não está longe de cada um de nós” (At 17, 27).
Texto de autoria de Felipe Victor,
Teólogo e Cofundador da CCNAr. Comunidade Católica Novo Ardor,
Ser no mundo instrumento de RESTAURAÇÃO da obra de Deus deformada pelo pecado espalhando NOVO ARDOR a todos os homens e o homem todo com sadia FORMAÇÃO na sã doutrina da Igreja.
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